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Utilização de gesso na Construção Civil

Vantagens, aplicações do material e dicas da arquiteta e urbanista Ketlin Rosso

ARTIGO | 02/02/2016 - 14:29:26

O futuro da construção civil aponta para o uso cada vez maior do gesso, seja em revestimentos, rebaixamentos ou divisórias. O gesso para construção civil é um material pulverulento (pó) branco, obtido pela calcinação de uma rocha chamada gipsita.

Assim como o cimento, o gesso tem propriedades aglomerantes, isto é, depois de misturado com água, endurece depois de certo tempo, adquirindo características ligantes e resistência.

O uso do gesso na construção civil é conveniente por causa de propriedades que o fazem ser bastante utilizado na construção, como:

  • Facilidade de moldagem, o que o faz um material excelente para fabricação de ornamentos utilizados como acabamentos e efeitos decorativos, como molduras e sancas;
  • Boa aparência: o gesso depois de endurecido apresenta superfície lisa e branca, dando ótimo acabamento, tanto em revestimentos de argamassa como em painéis ou adornos. Os revestimentos em gesso eliminam a necessidade de massa corrida na pintura, que precisa ser aplicada nos revestimentos com argamassa convencional;
  • Boas propriedades térmicas e acústicas, sendo um excelente isolante contra propagação de fogo;
  • Boa aderência à alvenaria e concreto, podendo ser utilizado como revestimento de paredes de alvenaria sem necessidade de aplicação de chapisco que é necessário para as argamassas convencionais. Entretanto, sua espessura deve ser pequena, exigindo paredes ou tetos regularizados.
  • Produtividade elevada: a aplicação dos revestimentos em gesso é mais rápida e fácil do que a das argamassas convencionais e seu tempo de cura é menor, fazendo com que se possa iniciar a pintura mais cedo;

O custo do revestimento em gesso é menor, quando comparado às argamassas convencionais mais a massa corrida. Entretanto, depende de disponibilidade local de material e mão de obra.

 

Vantagens e desvantagens do Gesso na Construção Civil

O gesso apresenta, porém, algumas desvantagens, que limitam seu uso. Em contato com água pode se dissolver, o que faz com que não possa ser utilizado em áreas externas, sujeitas a chuvas. Pode, entretanto, ser usado em áreas internas úmidas, como banheiros, por exemplo, desde que convenientemente protegido.

Quando usado em revestimentos, a espessura da camada de gesso deve ser pequena (embora possa atingir até 2 cm, o ideal é em torno de 0,5cm), pois espessuras elevadas fazem-no trincar. Isso exige que seja aplicado em paredes e tetos bem regulares quanto à sua planeza. Se na superfície da parede ou teto estiver muito irregular é necessária aplicação do emboço antes do gesso, fazendo com que seu uso não se torne tão vantajoso.

O gesso tem também baixa resistência a choques, não devendo ser utilizado em áreas de tráfego intenso de pessoas ou cargas, como acontece, por exemplo, em áreas de circulação de prédios comerciais ou industriais. Seu uso é indicado para áreas internas residenciais ou de escritórios.

O uso de forro de gesso esta cada vez mais popular em construções e reformas no Brasil. Isso se deve à praticidade e aos benefícios desse recurso, que pode facilitar instalações elétricas, colocação de luzes, proteção térmica e acústica. Além disso, sua colocação é bastante simples e fornece um acabamento muito bonito ao ambiente.

No entanto, existem dois tipos de forros de gesso muito utilizados em projetos de residências, comércios, na hora de construir ou reformar. Momentos em que pode surgir a dúvida: qual o melhor? Na verdade, cada tipo de forro se adéqua a um contexto específico, de maneira que você precisa fazer uma avaliação para saber qual deles trará mais vantagens no seu caso em particular.

Além destes existem as sancas de gesso que funcionam como uma moldura entre teto e parede, desse modo o forro (laje) fica aparente e o acabamento é uma decoração extra.

Então, vejamos a seguir as características do forro em placas e do forro de drywall, e as sancas, para que comparemos os benefícios de cada um e façamos a escolha certa na sua obra.

Forro em placas

Esse tipo é o mais conhecido e, normalmente, é bem mais barato que o forro de gesso acartonado. Ele é feito com placas de gesso encaixadas, de forma que precisa ser instalado por profissionais realmente qualificados para que se obtenha um alinhamento perfeito.

Contudo, o que algumas pessoas não gostam neste tipo de forro é que ele demanda mais trabalho na colocação e faz bastante sujeira até ficar pronto. Ele também é um pouco mais pesado que o forro de drywall, pois a dimensão das placas é menor, precisando de mais arames para sua sustentação. Por outro lado, pelo custo/benefício do material, o forro em placas é uma ótima opção para ser colocado em ambientes não tão grandes, onde o risco de dilatação é menor e onde ele não ficará tão pesado.

Forro de drywall

Este tipo de forro é mais moderno e também mais tecnológico que o anterior. Ele é feito com grandes placas de gesso revestidas por papel acartonado, que são parafusadas em uma estrutura metálica. Como possui espessura fina, o forro de drywall permite que você ganhe mais área útil, além de que pode ser utilizado em ambientes de qualquer dimensão.

A colocação do forro se dá de maneira mais fácil, rápida e sem gerar sujeira e resíduos como o forro em placas. Suas características de instalação permitem um excelente acabamento, sendo que o material também é muito versátil para a elaboração de projetos estéticos. Outra vantagem é que, com o tempo, este forro não costuma trincar ou ficar amarelado como o gesso tradicional.

Sendo mais tecnológico, esta opção também oportuniza melhores instalações elétricas e hidráulicas, bem como possibilita maior isolamento acústico e o melhor controle da temperatura interna do ambiente. Em compensação, por todos estes benefícios e por ser mais atualizado, o forro de drywall costuma ser bem mais caro. No entanto, seu uso tem aumentado progressivamente no Brasil, de modo que a tendência é os preços baixarem pouco a pouco, em função da concorrência gerada.

Ambos os forros de gesso são muito úteis e agregam um valor estético considerável a sua obra. Porém, se seu espaço não é tão grande e você prioriza o custo, valerá mais a pena investir no forro em placas. Agora, se você tem um espaço grande e prioriza facilidade de instalação e maior funcionalidade, o forro de drywall será uma excelente escolha, ainda que mais caro.

SANCAS

Como ja mencionamos as sancas de gesso é como uma moldura entre teto e parede, desse modo o forro (laje) fica aparente e o acabamento é uma decoração extra.

As sancas é dividida em cinco estilos: Fechada, Aberta e Invertida, Rasgo de luz e Ilha, podendo ter iluminação ou não.

 

SANCA ABERTA

Na sanca aberta a abertura da moldura fica voltada para o centro do ambiente e,  no vão, pode-se embutir a luz de maneira que ela reflita no forro e ilumine o cômodo, fazendo uma iluminação indireta.

 

SANCA INVERTIDA

Esse tipo de sanca também é aberto, mas o vão fica nas laterais, voltado para a parede. Difere do forro, pois não há luz embutida que reflita no teto.

 

SANCA FECHADA

Essa não apresenta nenhum tipo de abertura, e nela só é possível utilizar iluminação direta, utilizando spots.

 

SANCA RASGO DE LUZ

Possuem recortes no forro que permitem a vazão de luz. Esses recortes são preenchidos com acrílico transparente.

 

SANCA ILHA

A sanca tipo ilha possui base no centro voltado para o teto.

 

Vale lembrar que, na dúvida de qual usar, de quais são as tendências do momento e para que sua obra seja bem elaborada, contrate um profissional de Arquitetura ou Designer de interiores, assim você terá um bom projeto, funcional e de acordo com suas preferências.

Para encerrar deixo algumas recomendações e não recomendações para que sua obra transcorra da melhor forma possível, com qualidade, beleza e economia.

 

COISAS QUE RECOMENDO

1. Utilizar forro de gesso para distribuir a iluminação dos ambientes, que deve ser pensado juntamente com o projeto luminotécnico, planejando os detalhes que valorizem o ambiente.

2. Antes da aplicação do forro, contratar um técnico eletricista para distribuir toda a fiação elétrica e/ou cabos de som e, se houver ar-condicionado, a tubulação também deverá ser instalada antes.

3. Aproveitar a utilização do forro de gesso para incluir alguns detalhes e desenhos diferentes, com cortes e molduras, ao invés de usar apenas o gesso liso.

4. Usar desenhos no forro para delimitar os ambientes, assim é possível separar, por exemplo, o espaço da sala de jantar e de estar de uma forma sutil.

5. Para um melhor acabamento, o projeto de forro deverá prever molduras ou tabica (espaço de 2 cm entre a parede e o forro).

6. Procurar conhecer os trabalhos já executados pela empresa a ser contratada para aplicar o gesso, a fim de avaliar a qualidade do serviço.

7. Verificar se a empresa contratada encarrega-se da remoção do entulho, ou se ficará a cargo do cliente a contratação de uma empresa fornecedora de caçamba que dê o destino correto ao resíduo produzido.

8. Liberar o espaço de trabalho e forrar o piso com papelão ondulado, além de solicitar ao gesseiro que limpe o local após a execução da obra.

9. Trabalhar com rebaixo de teto de 15 cm no mínimo, para que se possa utilizar iluminação embutida.

10. Contratar um bom profissional de pintura, para que o gesso tenha um bom acabamento.

 

 COISAS QUE NÃO RECOMENDO

1. Deixar móveis, objetos e cortinas no local, mesmo que protegidos, uma vez que a aplicação de gesso gera muita sujeira.

2. Executar a aplicação do forro e somente depois pensar na iluminação do ambiente.

3. Trabalhar com molduras “meia-cana” (acabamento arredondado entre o teto e a parede) ou trabalhar todo o ambiente com sancas abertas, pois essas não são mais tendências.

4. Usar molduras de gesso muito grandes em ambientes pequenos.

5. Fixar lustres pesados diretamente no forro.

6. Pendurar grandes quadros ou TV em paredes de gesso que não tenham sido reforçadas.

7. Pintar o gesso sem que esteja completamente seco, e sem antes aplicar o fundo especial para gesso.

8. Contratar equipes não especializadas, principalmente para trabalhos com forro ou paredes de gesso acartonado (drywall).

9. Contratar a empresa de gesso sem um projeto elaborado por um profissional da área de arquitetura ou design de interiores.

10. Contratar o serviço de gesso levando em conta apenas o orçamento. A qualidade dos serviços e conhecimento técnico, bem como o cumprimento de prazos estipulados devem ser os diferenciais no momento da escolha do profissional.

 

Ketlin Schaiane Rosso
Arquiteta & Urbanista 
CAU - A61438-6

(45) 8801-0206 (PR)

(66) 8400-1898 (MT)


Fonte: Ketlin Schaiane Rosso


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